quinta-feira, 5 de março de 2009


Ser Vanguarda há 88 anos


Afirma o Manifesto Comunista que «os comunistas são, no movimento presente, o futuro do movimento». Esta primeira definição do papel de vanguarda dos comunistas mantém-se de uma pujante actualidade. A vanguarda não se define pela simples (ainda que vigorosa) afirmação do Objectivo, numa mera oposição ao reformismo bernsteiniano de «O Movimento é tudo, o Objectivo é nada». A superação revolucionária do capitalismo, razão de ser do PCP, é uma necessidade objectiva que nasce das próprias contradições do sistema e só se afirma na luta de classes.

Na Revolução de Abril, as mais avançadas soluções foram impostas pelo povo em luta e preparadas na luta ao longo de dezenas de anos. A solidez dessas conquistas foi tal que, ao fim de 33 anos de governos contra-revolucionários, as classes exploradoras não conseguiram ainda destruir todas as conquistas de Abril. Da mesma forma, a luta em defesa dessas conquistas e de resistência à reconstrução do capitalismo monopolista de Estado e dos privilégios da burguesia, que leva já 33 anos e prossegue, não pode ser separada da luta que coloca a necessidade objectiva de uma ruptura democrática, que devolva ao povo o poder entretanto usurpado pela burguesia, e permita a construção de um Portugal próspero e independente.

Quando afirmamos que «resistir é já vencer» não o fazemos porque a mera resistência nos deixe qualquer sensação de «dever cumprido». Espelhamos, isso sim, a plena compreensão dos dias de hoje: a resistência organizada dos trabalhadores e do nosso povo não é a resposta automática a cada ofensiva dos exploradores (seja o encerramento de uma fábrica, de um centro de saúde, a destruição de um AE, a imposição de uma redução real de salários, etc.).

Essa resistência, verifique-se ela onde se verificar, é já uma vitória; mas essa vitória de resistir hoje é parte decisiva de um processo mais vasto, de acumulação de forças no quadro da luta de classes, de um rumo que conduzirá os trabalhadores portugueses à Vitória.Por essa vitória, nos organizamos há 88 anos em Partido e, como Partido, intervimos na luta.


  • Manuel Gouveia

1 comentário:

Unknown disse...

Camarada eu também tenho essa opinião que resistir já é vencer, nós os trabalhadores que estao aqui na industria petrolifera também são alvos de muitos ataques e todos os dias resistimos a vários ataques de variadissimas ordens a ultima é da descriminação racistas por parte dos Holandeses e Ingleses, mas nos resistimos e todos os dias continuamos a resistir. ...Quem luta poderá vencer, quem não luta nunca vencerá....

Um abraço Camarada

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