segunda-feira, 30 de março de 2009


CES decepcionada com líderes europeus


A Confederação Europeia de Sindicatos acusou os governos de não estarem «preocupados com o desemprego», condenando a sua ausência na cimeira sobre o emprego na União Europeia.

Em comunicado divulgado na segunda-feira, John Monks, secretário-geral da Confederação, considerou que esta decisão é um «mau sinal para os cidadãos e trabalhadores europeus» e mostrou-se «decepcionado».

A reunião extraordinária, convocada pela Comissão Europeia e pela Presidência Checa para 7 de Maio, em Praga, para debater o desemprego em cada Estado-membro, previa a participação dos chefes de Estado da União Europeia, bem como de outros representantes sociais. No entanto, na sua cimeira de dia 21, decidiram não participar, dadas as dificuldades em tomar novas medidas de apoio ao emprego.

A Confederação disse que vai comparecer na reunião reduzida, «em defesa dos interesses dos trabalhadores» e considerou que esta atitude dos governos vai «reforçar a participação nas mobilizações sindicais» no encontro de 7 Maio, estando já convocadas manifestações em Madrid, Bruxelas e Praga para 14 e 16 de Maio.

sexta-feira, 27 de março de 2009



«Sindicalistas»



O diligente Sol seguiu o mote dado por Sócrates na ofensiva contra a CGTP e, pegando nas declarações deste sobre a «instrumentalização» e o «sindicalismo livre de tutela partidária», fez o seu número tendo João Proença como artista convidado. Foi divertido de ler.

Preocupa-os e incomoda-os a influência do PCP no movimento sindical – influência real, de facto. E a preocupação e o incómodo são tanto maiores quanto, como muito bem sabem, essa influência resulta de décadas de uma intervenção singular dos comunistas na luta pela defesa dos interesses dos trabalhadores. Assim, à influência e à intervenção sindical dos comunistas – caracterizada por um profundo respeito pela democracia interna do movimento sindical – chamam «tutela partidária».

Coisa esta que não existiria na UGT, a qual «nunca será correia de transmissão do PS» - como garante Proença e o Sol confirma.Neste caso, reconheça-se-lhes alguma razão: como é sabido, a UGT foi criada pelo PS, PSD e CDS - e pelos milhões vindos dos EUA, da Grã-Bretanha, da Alemanha... - com o triplo objectivo de liquidar a CGTP, acabar com a influência do PCP no movimento sindical e apoiar a contra-revolução.
Por isso tem sido, desde que nasceu, uma verdadeira correia de transmissão, não apenas do PS mas da política de direita ao serviço dos interesses do grande capital.

A actividade sindical – entendida como intervenção na organização dos trabalhadores para a defesa dos seus interesses e direitos – exige, sempre, grande firmeza e coragem.
Foi assim nos tempos em que ser sindicalista exigia, para além da firmeza na luta contra os exploradores, a coragem de enfrentar a repressão fascista - e já nesses tempos os proenças faziam «sindicalismo» nos «sindicatos» do regime...É assim nos tempos actuais, em que só com muita coragem e firmeza é possível fazer frente à política de classe levada a cabo pelos homens de mão do grande capital que, há 33 anos, proliferam nos governos, na UGT e nos média dominantes.«Mal de nós se o Governo for gerido pela rua» - gemeu o chefe da UGT, quando da manifestação do dia 13, apavorado com a multidão de trabalhadores na rua. A confirmar que, enquanto «sindicalista», o lugar de Proença é no anúncio da Antena 1 sobre os malefícios das manifestações...
  • José Casanova


quinta-feira, 26 de março de 2009

VEJAM SÓ ESTA BARBARIDADE!



ATROCIDADES NAZI-SIONISTAS
Uma t-shirt ostentando uma palestina grávida sob uma alça de mira e a inscrição "Um tiro duas mortes".
Foi a imagem escolhida por snipers (atiradores de elite) da infantaria israelense. Outras t-shirts exibem bebés mortos, mães a chorarem sobre os túmulos dos seus filhos, armas apontadas a crianças e mesquitas bombardeadas.
Há uma loja em Tel Aviv especializada em imprimir as ditas t-shirts e cada pelotão escolhe a imagem que vai usar. As atrocidades praticadas pela entidade nazi-sionista já não são escondidas – são mesmo exibidas.

segunda-feira, 23 de março de 2009





Opinião de outros comunistas


Vemos, Ouvimos e Lemos...

...Não Podemos Ignorar. Este refrão acompanhou durante anos a luta pela liberdade e a democracia no nosso país. Um refrão contra a indiferença e o medo, de apelo à acção pela mudança.

Nos dias que correm, noutras circunstâncias, o mesmo refrão não perdeu actualidade. É preciso agir! É preciso romper com a indiferença e o preconceito. É preciso mudar a política do mais do mesmo que tem vindo a conduzir o país e a região a águas pantanosas. Há um dado-base de partida que importa ter bem presente: não haverá mudança votando nos mesmos que ano após ano têm conduzido o país à situação em que se encontra. Um país mais desigual, mais assimétrico, com menos recursos próprios em resultado da política que tem vindo a ser desenvolvida

Temos vindo a insistir no erro, e nos perigos daí resultantes para a região, de um modelo de desenvolvimento assente no turismo e serviços correlacionados. Hoje vai estando bem à vista a justeza das nossas preocupações. Bastará ir a Albufeira e verificar a situação existente em vários hotéis – salários em atraso, rescisões, despedimentos. E não há propaganda e marketing que resolva o problema, porque o alargamento do fosso entre os que continuam com grandes fortunas e altas remunerações e o engrossar da fileira dos pobres ou dos crescentemente empobrecidos afasta cada vez mais amplas massas de poderem dar-se “ao luxo” de férias, quanto mais férias em hotéis.

Cresce a um ritmo galopante o número de desempregados no Algarve e cresce também o número dos que ficam excluídos do subsídio de desemprego. O Governo diz que em 2008 poupou 400 milhões de euros. Pudera... pela nossa parte continuamos a exigir o alargamento dos critérios para a atribuição desse mesmo subsídio. É um acto de elementar justiça que o Governo o faça. Ao contrário de outros que lançam como objectivo que as empresas que dão lucro não possam despedir, deixando assim à mercê muitas dezenas de milhares de trabalhadores, nós consideramos que o desemprego pode ser travado com aumento dos salários e reformas, com investimento público (não anúncios, mas obra no terreno), com a criação de emprego público, com apoio real aos micro e pequenos empresários, com combate ao despedimento fraudulento. Aliás, muitas das propostas que apresentámos no quadro do PIDDAC e que foram chumbadas pelo PS e pelo PSD tinham, além de corresponderem a necessidades regionais, esse objectivo.

Neste quadro, o Congresso do PS foi decepcionante. Sobre os reais problemas nada foi dito. Falou-se de modernização e construção do futuro. Mas logo surgiram estudos da OCDE dizendo que os reformados do futuro, os que estarão na reforma daqui a 20 anos, terão reformas muito mais baixas do que os reformados do presente. É este o futuro que o PS tem para oferecer? É este o futuro para os nossos filhos? Por certo que não queremos! Do lado do PSD, tornou a insistir Passos Coelho na privatização da Caixa Geral de Depósitos. Uma completa irresponsabilidade!

É por aqui que se constrói o futuro? Concerteza que não. Falou-se também no evento do PS de abertura e abrangência e assim foi apresentado o seu candidato ao Parlamento Europeu Vital Moreira. Mas francamente, será que os professores, os trabalhadores da administração pública, os militares, etc., já se esqueceram dos seus virulentos ataques? Será que os portugueses já se esqueceram que Vital Moreira foi um dos acérrimos defensores à não realização de um referendo ao Tratado de Lisboa? E que é um dos defensores de que ele entre em vigor torpedeando por cima da vontade expressa do povo da Irlanda? Ou seja, para ele (como para o PS e o PSD) os votos só devem contar quando correspondem à sua vontade. É esta a abertura e a abrangência? É isto modernidade e futuro?

Nós dizemos, como diz o povo, que para grandes males, grandes remédios. Neste caso o remédio é cortar com o ciclo do mais do mesmo. É mudar! É dar mais força ao PCP.
A denominada crise, ou seja, a crise das políticas de direita que a promoveram e a alimentaram, não é nem pode ser desculpa para tudo. No ano 2008, o banco Santander/Totta teve 517 milhões de euros de lucro, o BES teve 402 milhões, a EDP teve 907 milhões, a GALP 777 milhões, enfim, muitos milhões. Estes continuaram a ter férias e a ocupar os hotéis e resortes.


Vemos, Ouvimos e Lemos, Não Podemos Ignorar!

  • Rui Fernandes, Doral do PCP




















domingo, 22 de março de 2009


Maldizer


É sempre encantador ouvir José Sócrates reagir a um protesto, por mais pequeno que seja. Mas, quando o protesto se agiganta e não há avenida ou praça em que caiba, quando o protesto lhe surge pela frente – mesmo que o primeiro-ministro fuja para Cabo Verde e escape ao ribombar das vozes – então ele entra em histeria.

Coitado do homem. É claro que um indivíduo assim, tão dedicado ao bem público, que ele entende como serviço prestado aos interesses de um punhado de banqueiros milionários, um homem cuja modernidade não se discute, pois até ousa propor à sociedade portuguesa os casamentos gay e a eutanásia para resolver os grandes problemas nacionais e espalhar pelo País a grande mensagem da «esquerda», há-de sentir-se e ressentir-se injustiçado. O que milhões de portugueses – representados na maior manifestação de sempre por mais de duzentos mil trabalhadores – lhe disseram, é uma incomensurável maledicência.

Foi assim, com esta palavra, catada em conversa de vizinha, que ele reagiu à manifestação de sexta-feira passada, em Lisboa. Andam a dizer mal dele e não pode ser. Não sei se repararam que Sócrates não se incomoda com as más palavras de Manuela Ferreira Leite. Dali não vem nenhum mal ao mundo. Um entendimento é até possível. Basta a Sócrates, no vazio de uma maioria enfezada, deixar de lado aeroportos e altas velocidades. No resto, ambos, com o CDS ou não à mistura, se entendem perfeitamente para arrancar a tanga aos portugueses que trabalham ou que vivem no terror do despedimento ou na tortura da precariedade, ou na miséria das reformas, ou na desesperança de não conseguir trabalho. Desde que os milionários se mostrem satisfeitos com a política de direita que lhes é servida, tudo vai às mil maravilhas. Mas um outro perigo espreita, como se de novo um fantasma assombrasse este canto da Europa.

É que o protesto de sexta-feira contém em si uma exigência ancorada num projecto – a ruptura com a política de direita, uma ruptura que significa erguer uma democracia avançada nos escombros em que a política de direita conduziu o País. E tal democracia, inevitavelmente, pressupõe o socialismo – destestável palavra que faz Sócrates estremecer de pavor.É que ele sabe que, à frente de tal projecto, mobilizando e esclarecendo – e nunca manipulando – se encontram os comunistas portugueses, cuja abnegada história e vigorosa acção presente representam uma catástrofe para os interesses privadíssimos dos que exploram.
  • Leandro Martins


sábado, 21 de março de 2009



A CGTP-IN



NUNCA SERÁ INSTRUMENTO DE QUALQUER GOVERNO








POSIÇÃO DA CGTP-IN SOBRE ANÚNCIO DE PROMOÇÃO DA RDP ANTI MANIFESTAÇÕES

O direito de expressão, em que se inclui o direito de manifestação, está consagrado no artº 37º da Constituição da República Portuguesa. Este é um elemento indissociável da participação cívica dos/as trabalhadores/as e da população em geral, em torno de questões estruturantes para a nossa vida colectiva, como o emprego, a educação, a saúde, de entre outras, e não se coaduna com o que é apresentado no spot publicitário da Rádio Pública.



Para a CGTP-IN, as manifestações são formas de expressão colectiva e solidária e têm como objectivo corresponder a necessidades e anseios dos trabalhadores e da população contribuindo para o bem estar da maioria e não circunscrita a apenas alguns. A participação cívica não se pode dissociar do funcionamento e da revitalização da democracia tal como nós a entendemos, do ponto de vista político, económico, social e cultural.
A concepção individualista apresentada no spot, não configura a missão de serviço público a que a Rádio Pública está adstrita, antes parece reflectir uma atitude de subserviência a posições de incómodo manifestadas pelo Governo relativamente à contestação das suas políticas.


Neste contexto e dado o carácter anti manifestações que assume, produzido por quem deveria promover a participação democrática e cidadã por todas as formas legítimas possíveis, o referido anuncio, sem prejuízo doutras acções que se venham a mostrar necessárias, será objecto de queixa junto dos Provedores, quer da RDP, quer da RTP, bem como junto do Conselho de Opinião da RTP e da Entidade Reguladora para a Comunicação Social - ERC.


DIF/CGTP-INLisboa, 20.03.2009


AS MAIORIAS TAMBÉM SE ABATEM





A LUTA CONTINUA!








quinta-feira, 19 de março de 2009


De visita


Na última sexta-feira, centenas de milhares de pessoas vieram «de visita à capital».

O dia estava soalheiro, os autocarros eram fretados, pelo que nada melhor do que uma passeata até Lisboa, tanto mais que o objectivo era «gritar a indignação que sentem contra o desemprego, que sofrem na carne, a pobreza, a incerteza quanto ao futuro, dos próprios e dos filhos e netos, e das ostensivas – e não resolvidas – desigualdades sociais, que em vez de serem corrigidas se agravam».

Foi mais ou menos assim que Mário Soares se referiu (DN de 17 de Março) à «megamanifestação» de dia 13 – a classificação é dele – combinando de forma sub-reptícia insinuações depreciativas com o reconhecimento da grave situação que afecta os trabalhadores portugueses, com o único objectivo de mandar avisos à navegação do Governo, já que na sua douta opinião «uma megamanifestação não resolve nada» mas – ano de eleições obriga –, «alerta os responsáveis para o que tem de ser imperativamente resolvido».

Insinuando que o bom tempo ajudou à mobilização dos manifestantes vindos «de todo o País» e que ninguém teve de se preocupar com o transporte, Soares omitiu aspectos que «por acaso» são determinantes para se avaliar quão profundo é o descontentamento popular e a determinação para a luta. O primeiro «pormenor» é que os trabalhadores, por mais que gostem de passear ao sol da capital em dia de semana, só o podem fazer (não estando de férias) cumprindo greve. O que tem pesados custos, como Mário Soares tem obrigação de saber, mais a mais em tempos de pobreza. Depois, vale a pena lembrar que os preços dos autocarros fretados – módicos que sejam – resultam na justa medida das quotizações sindicais, fonte de receita dos sindicatos que estão ao serviço dos trabalhadores e não em negociatas pouco claras que nada têm a ver com o sindicalismo.

Acresce que para este tipo de «visitas» à capital muitos dos manifestantes têm de se levantar de madrugada, preparar o farnel e sujeitar-se à canseira de longas horas de viagem, para já não falar do palmilhar rua abaixo e rua acima nas avenidas lisboetas. É claro que certos comentadores da nossa praça têm como adquirido que trabalhador adora levantar cedo e deitar tarde, não perde uma oportunidade para picnicar sandes, cerveja e pastéis de bacalhau, e não desdenha moer o corpo em «passeios», de habituado que está a fazê-lo a trabalhar. Mas ainda assim, convenhamos não ser intelectualmente muito honesto sugerir sequer que o faz como um pau mandado, ainda que com muito e legítimo protesto atravessado na garganta.

Importa dizer, em abono da verdade, que os recados de Soares ao PS estão dificultados de há muito pela arrogância autista de Sócrates, que ainda esta semana escolheu a reunião da Tendência Sindical Socialista – onde João Proença foi mais uma vez escolhido como «candidato» a secretário-geral da UGT –, para zurzir nos sindicatos da CGTP-IN, que por acaso até são a maioria em Portugal, e perorar sobre «o sindicalismo livre de influências e agendas partidárias» de que a UGT seria o paradigma. Seria risota de ir às lágrimas se não fosse trágico. Perante tal fenómeno, Soares terá de se esforçar muito mais, faça chuva ou faça sol, para não de se confrontar com mais megavisitas.
  • Anabela Fino


terça-feira, 17 de março de 2009





13 de Março, vitória dos trabalhadores


Os trabalhadores portugueses realizaram na sexta-feira 13 de Março de 2009 uma das suas mais grandiosas jornadas de luta, provavelmente a maior das últimas décadas.Respondendo à convocatória da CGTP-IN uma multidão de mais de 200 mil trabalhadores, vindos de todas as regiões do continente, trabalhadores das mais diversas profissões e ramos de actividade, operários, trabalhadores dos serviços, intelectuais e quadros técnicos, homens, mulheres e jovens, encheu o centro de Lisboa numa magnífica afirmação de combatividade, consciência determinação colectiva.


O significado desta manifestação é inequívoco. Ela representa uma resposta arrasadora às tentativas do Governo e do grande patronado de apontar a crise internacional como única responsável pelo brutal agravamento das condições de vida e de trabalho, de fazer cair sobre os trabalhadores todos os seus custos e consequências, de justificar com a crise uma nova escalada de arbitrariedades, de precarização e ataque a direitos, uma nova vaga de despedimentos. Meses de barragem propagandística e ideológica caíram por terra.

O penoso quotidiano actual dos trabalhadores portugueses não resulta da recente eclosão de uma profunda crise, ainda em desenvolvimento, que afecta todo o sistema capitalista. Resulta fundamentalmente de mais de três décadas de políticas de direita ao serviço dos interesses de uma insignificante minoria de poderosos exploradores. Políticas que sacrificam aos interesses de meia dúzia de grandes grupos económicos direitos históricos duramente conquistados pelos trabalhadores e pelas populações, perspectivas de desenvolvimento independente do país, o horizonte de progresso que Abril abriu e o Constituição da República ainda consagra.

O dia 13 de Março mostrou com toda a força que o mundo do trabalho em Portugal está longe de aceitar conformar-se com tais políticas, que as rejeita, que aspira a romper com este rumo e que lutará por essa ruptura.

A jornada de 13 de Março constitui uma grande vitória popular.E uma grande derrota para o Governo Sócrates e para os interesses que obstinada e cegamente continua a defender.

O Estatuto Alcavalatório


A frase, na boca de Edite Estrela, fez-me soar campainhas de alarme, por estranha e desfasada da prática política da Sra. e do Partido que representa: «A Trabalho Igual, Salário Igual!». Sempre unidos nestas questões, de imediato vejo Carlos Coelho do PSD falar da luta contra a desigualdade e as discriminações salariais no plano europeu. O mundo só voltou a fazer sentido quando percebi do que estavam a falar! Do aumento do SEU ordenado em mais de 100%! Assim, os eurodeputados portugueses passam a receber 7665 Euros por mês (em vez dos 3815 mensais actuais) mais uma ajuda de custo de 287 Euros POR DIA, mais todo um conjunto de alcavalas. E para engordar OS SEUS BOLSOS já encontram utilidade a princípios que negam aos trabalhadores portugueses e europeus TODOS OS DIAS!

Estes senhores acham-se no direito de receber POR DIA mais que o Salário Mínimo Nacional! Acham que a quantia com que condenam famílias inteiras a sobreviver todo um mês não é suficiente para se remunerarem por um dia de presença no Parlamento! São bem o espelho da classe parasitária que servilmente representam: a burguesia. A mesma burguesia que vive faustosamente enquanto vai debitando a cassete dos sacrifícios... mas só para quem trabalha!

O PCP, ao votar contra esta vergonha no Parlamento Europeu, honrou as suas origens, que remontam aos Communards de Paris e aos Bolcheviques da Rússia Soviética, quando impuseram como característica do seu Estado proletário que os eleitos fossem remunerados com o salário médio de um operário.

A bem do rigor, importa deixar dito que o PCP votou contra este Estatuto TAMBÉM porque é da opinião que os eurodeputados devem receber o mesmo ordenado que os deputados dos Parlamentos Nacionais, princípio que o novo Estatuto Remuneratório dos Eurodeputados substitui por um salário de 7665 Euros igual para todos.
  • Manuel Gouveia




domingo, 15 de março de 2009


Como o azeite

No programa Negócios da Semana de 6.ª feira passada, a SIC-Notícias entrevistou Alexandre Soares Santos, presidente do Conselho de Administração do grupo Jerónimo Martins. O motivo imediato foi a abertura do milésimo supermercado Biedronka, na Polónia, naquele que é considerado um dos maiores investimentos de capital português no estrangeiro. Por cá, a Jerónimo Martins é conhecida por ser proprietária das cadeias Pingo Doce, Feira Nova e Recheio, além de significativas participações noutros grupos e investimentos. Além de, claro, ter voltado a bater recordes nos lucros de 2008.

Em pouco mais de 45 minutos de entrevista, Soares Santos pronuncia-se sobre tudo – do Estado à agricultura, defendendo o «direito ao trabalho» em vez do «direito ao emprego», entre outras pérolas.

Mas é sobre «a política» que Soares Santos mais se solta e brilha: espera que das próximas eleições legislativas saia uma maioria absoluta «seja de quem for. Só espero que não seja da esquerda. A partir do PS, perfeitamente.» Diz-se incomodado com a «esquerda retrógada», que quer impor por cá os «regimes que caíram no Leste»: «ainda no outro dia ouvi um político a falar do capital como se fossem uns malandros que tudo estragam e nada estão a fazer. Esquecem-se que 25 de Abril houve um, não dois. A iniciativa privada não tem de aturar isto e, se assim for, passem muito bem que nós temos para onde ir». E acrescenta que o que faz falta é «criar na iniciativa privada a confiança que foi perdida com o 25 de Abril» e reconquistada com o primeiro governo de Mário Soares.

Diz o nosso povo que a verdade é como o azeite, por vir sempre ao de cima. Mas tanta sinceridade até espanta e dá vontade de gravar a entrevista para explicar melhor aos incrédulos três coisinhas muito importantes: até que ponto se identificam os objectivos do PS com os dos grandes grupos económicos; o quanto foram profundas as conquistas de Abril para, 35 anos depois, esta gente ainda andar a recuperar; e que é do PCP que têm medo – da sua firme opção de classe, do seu enraizamento, da luta de massas, da determinação em romper com a política de direita.

  • Margarida Botelho

quarta-feira, 11 de março de 2009

LISBOA AQUI TÃO PERTO!

PARTICIPA! NÃO FALTES!



TRAZ UM AMIGO TAMBÉM!


sexta-feira, 6 de março de 2009

88 ANOS- PARABÉNS

PCP


quinta-feira, 5 de março de 2009


Ser Vanguarda há 88 anos


Afirma o Manifesto Comunista que «os comunistas são, no movimento presente, o futuro do movimento». Esta primeira definição do papel de vanguarda dos comunistas mantém-se de uma pujante actualidade. A vanguarda não se define pela simples (ainda que vigorosa) afirmação do Objectivo, numa mera oposição ao reformismo bernsteiniano de «O Movimento é tudo, o Objectivo é nada». A superação revolucionária do capitalismo, razão de ser do PCP, é uma necessidade objectiva que nasce das próprias contradições do sistema e só se afirma na luta de classes.

Na Revolução de Abril, as mais avançadas soluções foram impostas pelo povo em luta e preparadas na luta ao longo de dezenas de anos. A solidez dessas conquistas foi tal que, ao fim de 33 anos de governos contra-revolucionários, as classes exploradoras não conseguiram ainda destruir todas as conquistas de Abril. Da mesma forma, a luta em defesa dessas conquistas e de resistência à reconstrução do capitalismo monopolista de Estado e dos privilégios da burguesia, que leva já 33 anos e prossegue, não pode ser separada da luta que coloca a necessidade objectiva de uma ruptura democrática, que devolva ao povo o poder entretanto usurpado pela burguesia, e permita a construção de um Portugal próspero e independente.

Quando afirmamos que «resistir é já vencer» não o fazemos porque a mera resistência nos deixe qualquer sensação de «dever cumprido». Espelhamos, isso sim, a plena compreensão dos dias de hoje: a resistência organizada dos trabalhadores e do nosso povo não é a resposta automática a cada ofensiva dos exploradores (seja o encerramento de uma fábrica, de um centro de saúde, a destruição de um AE, a imposição de uma redução real de salários, etc.).

Essa resistência, verifique-se ela onde se verificar, é já uma vitória; mas essa vitória de resistir hoje é parte decisiva de um processo mais vasto, de acumulação de forças no quadro da luta de classes, de um rumo que conduzirá os trabalhadores portugueses à Vitória.Por essa vitória, nos organizamos há 88 anos em Partido e, como Partido, intervimos na luta.


  • Manuel Gouveia

domingo, 1 de março de 2009

Raças Perigosas XXII - Vital Moreira


Os Socretinos parecem tudo querer fazer para se tentarem pintar de vermelho e se mascararem de esquerda. A escolha de um ex-comunista para Cabeça de Lista do PS às eleições europeias é mais uma jogada nesse sentido, mas quem lê o que o Vital Moreira escreve e as posições que tem tomado não pode deixar de sentir que esta é mais uma mentira. Dizem uns que ele está mais próximo da ala esquerda do PS, mas a pergunta que se tem de fazer é se ainda há alguma ala esquerda no PS? Quase tão ridículo como chamar de socialista ao Partido Socretino.

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