segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Precariedade na saúde, saúde precária

Sabemos que a precariedade já chegou a quase todo o lado. Trabalho qualificado já não é garantia de lhe escapar. E mesmo nas áreas mais sensíveis, como é o caso da prestação de serviços públicos essenciais, a precarização das relações laborais é um dos sintomas da irresponsabilildade dos sucessivos governos e uma esclarecedora medida do desinvestimento nestas áreas.
É fácil de perceber que ficamos tod@s a perder. A existência de serviços públicos de qualidade depende também das condições de trabalho destes/as profissionais.
A educação, para lá das tiradas habituais sobre "exigência" (agora ouve-se "excelência"...), tem sido notícia repetidamente por esta razão - professores/as deslocad@s, não colocad@s, actividades de enriquecimento curricular a recibo verde, etc.; mas também @s profissionais não-docentes.
Na área da saúde não faltam sinais preocupantes. Nos hospitais recorre-se crescentemente à subcontratação de médicos por empresas de trabalho temporário e a precariedade entre @s enfermeir@s está a tornar-se a regra, como vem afirmando o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. Esta semana denunciou a falta de pagamento de horas extra: trabalho a mais, não pago, para compensar a escassez de profissionais.
(já agora, ontem ficámos também a saber que a Maternidade Alfredo da Costa está no limite da capacidade de resposta. Mais uma vez, a cínica política de desinvestimento continuado em áreas vitais convoca o sacrifício pessoal de profissionais, até ao limite. O sr. Presidente, que, num dos seus momentos de reflexão profunda e comunicação com o país, se questionava sobre "o que fazer para os portugueses fazerem mais filhos?", talvez possa começar a encontrar uma parte da resposta)
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