sexta-feira, 26 de dezembro de 2008


Não sei se dizer Obrigado ou Parabéns


A Revolução Cubana comemora 50 anos daqui a uma semana. É obra. Um povo de 10 milhões de Homens e Mulheres, de um pequena ilha do Caribe, com o aparelho produtivo destruído por 500 anos de exploração colonial, atreveu-se a ser livre. Libertou-se da ditadura, libertou-se da colonização norte-americana, libertou-se do capitalismo, libertou-se do analfabetismo, libertou-se dos exploradores e dos parasitas, e vai-se libertando do secular atraso económico e social.

Perante a derrota de Moncada e o difícil desembarque do Granma, escolheu seguir em frente. Perante o mais feroz bloqueio de um inimigo incomensuravelmente mais poderoso, escolheu seguir em frente. Perante a derrota da revolução na URSS, com as mais brutais consequências para a economia cubana, escolheu seguir em frente.

Perante as fragilidades económicas típicas de um país vítima da pilhagem colonial, apostou no mais importante capital de uma nação - o seu povo - e escolheu seguir em frente.Enviou pelo mundo o mais internacionalista dos exércitos, dezenas de milhares de médicos, professores e técnicos apoiam há mais de 30 anos o desenvolvimento de dezenas de nações - e são cubanos os médicos do deserto do Sahara, do Soweto e dos bairros pobres de Caracas. Recebeu centenas de milhares de jovens dos países do chamado terceiro mundo, a quem deu uma formação académica ou técnica. Em Cuito Canavale as suas forças armadas deram um contributo decisivo para derrotar o exército do Apartheid, e para a liberdade da África do Sul, da Namíbia e de Angola.

A Revolução Cubana deu (e dá!) um valioso contributo para a causa da emancipação humana, e ensina não só o que é a liberdade, mas muito mais importante, ensina que é possível ser livre. É pois bem merecido o ódio que lhe votam os exploradores, os parasitas e todos os lacaios do monstruoso sistema que oprime a Humanidade. Mas bem mais valioso e imortal é o respeito, a gratidão e o carinho dos povos deste planeta.

Neste dia 31, será com rum o brinde lá em casa. Aos revolucionários cubanos: Obrigado e Parabéns. Venceremos!
  • Manuel Gouveia

1 comentário:

Fernando Samuel disse...

«Obrigado e Parabéns. Venceremos!»



Um abraço.

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