sexta-feira, 17 de outubro de 2008

PC da Venezuela
«Outros tentaram acabar com o Partido e não conseguiram»


O Partido Comunista da Venezuela rejeitou, segunda-feira, 13, as acusações de deslealdade, manipulação e acção contra-revolucionária feitas pelo presidente do país, Hugo Chávez, e reafirmou que outros governos tentaram acabar com o Partido e não conseguiram.

No sábado, discursando durante uma iniciativa de campanha eleitoral para as regionais e municipais do próximo mês de Novembro, Chávez dirigiu-se ao PCV e ao partido Pátria Para Todos (PPT) para acusar ambas as formações de terem um «plano contra-revolucionário», declarando que tenciona encarregar-se de «os fazer desaparecer do mapa político».

Reagindo prontamente, o secretário-geral do PCV, Óscar Figuera, lembrou que nenhum dos contra-revolucionários emanou do partido e que o povo sabe bem donde têm saído alguns traidores. Figuera explicou ainda que nenhuma revolução se pode considerar como tal se se revestir de traços anticomunistas.

Posteriormente, numa conferência de imprensa, Perfecto Abreu, do PCV, citado pela Lusa, reiterou que «outros governos tentaram acabar com o PCV» e «não o conseguiram», porque, sublinhou, «não é um problema de quanta vontade política tenha uma pessoa para acabar com um partido», mas uma «questão de ideologia, de filosofia».

Recorde-se que o Partido Comunista da Venezuela recusou dissolver-se para integrar o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) formado por Chávez, e que considera o actual processo bolivariano como «revolucionário anti-imperialista» e não «socialista » como o PSUV o classifica

1 comentário:

Fernando Samuel disse...

Serenidade, firmeza e lucidez por parte do PCV.

Um abraço.

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