quarta-feira, 17 de setembro de 2008

11/SETEMBRO: UMA DATA IMPORTANTE


A última vez que os Estados Unidos foram atacados no seu próprio território por um inimigo externo verificou-se em 1814, quando as tropas britânicas puseram Washington a ferro e fogo. A Casa Branca foi então incendiada pelas tropas de sua graciosa majestade, assim como o edifício onde funcionava o Departamento do Tesouro. O U.S. Army, encolhido, não deu resposta às tropas do ex-colonizador. Diga-se de passagem que este episódio é cuidadosamente "esquecido" pela historiografia oficial estado-unidense.

De todas as explicações acerca dos atentados de 11 de Setembro de 2001 as menos críveis são exactamente aquelas propaladas pelo governo do sr. Bush. A barragem de falsificações e mentiras apregoadas pelo seu governo — e pressurosamente reflectidas pelos media corporativos servis ao poder, os tais que arrogantemente se proclamam como "referência" — diz muito acerca da época que vivemos. Assim, a opinião pública foi e é deliberadamente desinformada e enganada pelos media ao serviço do império bushiano. Tal desinformação serviu e serve para justificar os crimes cometidos após os 11/Set, como a invasão do Afeganistão e do Iraque com o cortejo de atrocidades ali cometidas pelas tropas de ocupação.

Por mais repetidas que sejam, as mentiras não passam a ser verdades. As investigações acerca do 11/Set prosseguem, nos EUA e em todo o mundo. Entretanto, não foram os primeiros auto-atentados da história cometidos com objectivos políticos. Basta pensar, por exemplo, no incêndio do Reichstag, na Berlim de 1933. Hoje, é cada vez maior o número de personalidades que contestam as várias e sucessivas versões oficiais do governo Bush. O sítio http://patriotsquestion911.com/ , por exemplo, informa que 140 oficiais superiores das forças armadas, responsáveis de serviços de inteligência e polícias dos EUA põem em causa a versão oficial, assim como 530 engenheiros e arquitectos, 120 pilotos e profissionais da aviação, 300 professores, 210 sobreviventes e familiares das vítimas do 11/Set e 160 artistas e profissionais dos media. São homens e mulheres corajosos que se atreveram a romper com a hierarquia de comando, a por em risco as suas carreiras ou a obtenção de contratos do governo bushiano e manifestar-se em público. Muitos outros aprofundamentos das investigações prosseguem, como se pode ver nesta colecção de links sobre o 11/Set . Algum dia a verdade plena virá ao de cima.

Os governos portugueses não estão inocentes nos crimes cometidos na sequência do 11/Set: prestaram-se a enviar carne de canhão portuguesa para o Iraque, Jugoslávia e Afeganistão. O do sr. Sócrates colabora neste momento com os EUA/NATO na agressão ao povo afegão. O silenciamento dos media portugueses quanto à presença da tropa portuguesa no Afeganistão diz muito acerca da qualidade da informação existente no país. Só quando há um morto ou um ferido é que eles publicam uma pequena nota a respeito. Mas nada dizem dos que voltam contaminados pelo urânio empobrecido apanhado no Iraque, na ex-Jugoslávia ou no Afeganistão, com envenenamentos físicos, químicos e radiológicos. Trata-se de assunto tabu para o Ministério da Defesa e para as TVs e jornais portugueses ditos "de referência". Seria inútil procurar tais informações nos media lusitanos. No tempo do fascismo os jornais ostentavam um anúncio que dizia: "Este número foi visado pela censura". O fascismo não enganava ninguém, a censura era declarada explicitamente. Hoje já não há tal anúncio, mas a censura em Portugal é maior e mais subtil do que antes do 25 de Abril.

Para concluir esta nota, não se pode esquecer o outro 11 de Setembro. O de 1973, quando um golpe sangrento patrocinado pelo imperialismo estado-unidense derrubou o governo democrático do grande Presidente Salvador Allende Gossens. O Chile até hoje não se recuperou da barbárie neoliberal imposta pelos Chicago Boys pinochetistas.

1 comentário:

Fernando Samuel disse...

Bom texto, camarada: em cheio!

Um abraço.

  • JCP
  • pcp
  • USA
  • USA